BYD Song Pro 2026 fica mais seguro para manter distância do Corolla Cross
O BYD Song Pro chegou ao Brasil em 2024 com foco declarado no Toyota Corolla Cross. Na época, porém, ele concentrava seus esforços em desempenho e autonomia elétrica, já que tinha que esconder sua maior deficiência: a ausência de sistemas de auxílio à condução (ADAS). Na linha 2026, isso acabou – mas ele já está prestes a mudar.
https://youtu.be/WfZj7Yi78g0
São duas versões disponíveis: a GL, de R$ 189.990, e a GS, de R$ 199.990, que você vê por aqui. São preços praticamente iguais aos do lançamento do modelo no Brasil, em julho de 2024. Ele só ficou R$ 190 mais caro, já que a BYD deixou de usar o “800” no final dos seus preços, e passou a usar o “990” – na ponta do lápis, os “trocados” fazem diferença. E, como comparação, o Corolla Cross XRX Hybrid sai por R$ 219.890, uma considerável diferença.
• Relacionadas
TestesGAC GS4 é SUV híbrido com porte de Haval H6 e preço de Corolla Cross28 out 2025 - 17h10
NotíciasGWM Haval H6 2026 nacional tem novo design e corrige reclamações sem cobrar muito17 nov 2025 - 17h11
NotíciasOmoda 4 chega no fim de 2026 para brigar com VW Tera, Fiat Pulse e Renault Kardian11 dez 2025 - 07h12
No visual, o Song Pro não teve alterações. Ele mantém os faróis full led (automáticos para fachos alto e baixo) com elementos verticais e a grade, que parece ter “camadas”, aa lanternas que cortam a traseira e o grande aplique prateado nas laterais. As rodas de 18 polegadas com pneus 225/60 também são as mesmas.
–Fernando Pires/Quatro Rodas
Sua única novidade de aparência é a opção de carroceria na cor preta, que se soma ao azul, cinza e branco. A cor preta cai bem e dá a ele ares mais elegantes, além de ser uma característica considerada para o segmento.
Assine as newsletters QUATRO RODAS e fique bem informado sobre o universo automotivo com o que você mais gosta e precisa saber.
Inscreva-se aqui
para receber a nossa newsletter
Aceito receber ofertas produtos e serviços do Grupo Abril.
Cadastro efetuado com sucesso!
Você receberá nossa newsletter todas as quintas-feiras pela manhã.
Continua após a publicidade
Interior caprichado e tecnologia reforçada
Também nada muda no interior do Song Plus 2026, que segue com os revestimentos claros como única opção. O visual é interessante, mas o uso de laranja em detalhes e arremates dá um tom “infantil” e “divertido” que não condiz com o segmento. Além disso, famílias podem preferir revestimentos mais escuros para facilitar a limpeza (ou disfarçar a sujeira). Poderia haver uma segunda opção mais escura, e discreta.
Apesar disso, o acabamento é um dos destaques do SUV e conquista os olhos de quem vê. Goste ou não dos tons claros, é fato o capricho da cabine, com variedade de texturas, brilhos e toques, além de materiais emborrachados. Há revestimentos sintéticos no painel, com variações de estampas. A montagem também é boa.
–Fernando Pires/Quatro Rodas
O quadro de instrumentos tem 8,8 polegadas, com quantidade de informações e boa apresentação, e dois layouts possíveis. Já a multimídia tem 12,8 polegadas, com Android Auto e Apple CarPlay, e diversos menus que espalham as funções e exigem algum aprendizado. A tela continua giratória.
Entre os itens de série, o modelo tem seis airbags, NFC, ar-condicionado digital de duas zonas, monitoramento de pressão dos pneus, assistente de partida em rampas, freio de estacionamento eletrônico, carregador de celulares por indução, banco do motorista com ajustes elétricos, iluminação ambiente, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, e câmera 360°.
Continua após a publicidade
–Fernando Pires/Quatro Rodas
Mas, além disso, o Song Pro 2026 passa a ter os sistemas de ADAS – apenas na versão de topo, GS. Estão no pacote: piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência, alertas de pontos cegos, assistente de permanência em faixa, alerta de colisão traseira, alerta de tráfego cruzado e leitura de placas de velocidade.
Outro bom ponto do BYD é o espaço interno. Quem vai atrás não se queixa das acomodações, com bom espaço para pernas, ombros e cabeça, ajudadas pelo assoalho plano. Ele oferece também saídas de ar-condicionado e portas USB no banco traseiro, além da possibilidade de regular a inclinação do encosto. Por fim, o porta-malas, com abertura e fechamento elétricos, tem grandes 520 litros.
–Fernando Pires/Quatro Rodas
Único PHEV até R$ 200.000
Não houve qualquer mudança mecânica no Song Pro 2026, e isso é bom. Ele combina um motor 1.5 aspirado de 98 cv de potência e 12,5 kgfm de torque, a um elétrico também dianteiro de 197 cv e 30,6 kgfm. Mas há diferenças entre as versões GL e GS. Enquanto a mais barata, GL, chega aos 223 cv de potência combinada, a mais cara, GS, tem 235 cv.
Continua após a publicidade
Isso acontece por causa da bateria, que também é diferente entre elas. A GL tem uma bateria menor, de 12,9 kWh, com autonomia elétrica de 39 km segundo o Inmetro. A GS, testada por QUATRO RODAS, tem uma bateria de 18,3 kWh e promete rodar até 62 km com uma carga.
–Fernando Pires/Quatro Rodas
Em ambas, a potência máxima de recarga é de apenas 6,6 kWh, pouco, principalmente considerando a tem possibilidade de carga rápida do GWM Haval H6 PHEV19. As duas versões têm função V2L, que faz com que o carro vire uma estação de energia.
Única disponível pra testes, levamos a versão GS para a nossa pista. E, segundo nossos números, ele vai de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos. Bom desempenho, que dá para sentir no dia a dia. O Song Pro é um carro ágil, de boas saídas e retomadas, embora não transmita emoções de um carro esportivo. No consumo, ele chegou às médias de 15,7 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada, com bateria em carga baixa.
–Fernando Pires/Quatro Rodas
Continua após a publicidade
A dirigibilidade do Song Pro é boa e o modelo tem a melhor suspensão entre os SUVs da marca, com claro foco em conforto e maciez, mas acerto equilibrado, sem fazer com que a carroceria incline ou balance demais. Na cidade, é boa a absorção das irregularidades do solo e o trabalho da suspensão é silencioso. Na estrada, há boa estabilidade.
Parece que a BYD tem aprendido a ouvir o brasileiro. Depois de adicionar alguns itens ao Dolphin, ao King e de ter ajustado a polêmica suspensão do Dolphin Mini, a marca deixou o Song Pro bem mais interessante e competitivo do que no lançamento. Ele é espaçoso, confortável, bem equipado e agora tem os requisitados sistemas ADAS, que ajudam também na segurança. Porém, está com os dias contados: em 2026, o SUV ganhará motorização flex e terá o visual atualizado.
Teste Quatro Rodas – BYD Song Pro DM-i
Aceleração
0 a 100 km/h: 8,5 s
0 a 1.000 m: 29,3 s – 177,7 km/h
Velocidade máxima: 186 km/h (dados de fábrica)
D 40 a 80 km/h: 4,1 s
D 60 a 100 km/h: 4,5 s
D 80 a 120 km/h: 6 s
60/80/120 km/h a 0: 15,8/27,9/64 m
Urbano: 15,7 km/l
Rodoviário: 14,8 km/l
Ruído interno
Neutro/RPM máx.: -/-dBA
80/120 km/h: 62,3/72,5 dBA
Velocidade real a 100 km/h: 97 km/h
Rotação do motor a 100 km/h: –
Volante: 2,7 voltas
Preço básico: R$ 199.800
Garantia: 6 anos
Ficha técnica – BYD Song Pro GS
• Preço: R$ 199.990
• Motor combustão: gasolina, dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16V, 1.498 cm³, 98 cv, 12,4 kgfm;
• Motor elétrico: dianteiro, 197 cv, 30,6 kgfm
• Combinados: 235 cv, 43,0 kgfm
• Bateria: 18,3 kWh com recarga máxima de 6,6 kWh
• Câmbio: eCVT, tração dianteira
• Suspensão: McPherson (diant.)/ multilink (tras.)
• Freios: disco ventilado (dianteira) e disco sólido (traseira)
• Direção: elétrica
• Rodas e pneus: liga leve, 225/60 R18
• Dimensões: comprimento, 473,8 cm; largura, 186 cm; altura, 171 cm; entre-eixos, 271,2 cm; tanque, 52 l; peso, 1.700 kg; porta-malas, 520 l
Publicidade
Leia a materia completa na fonte original:
Ver no Quatro Rodas